domingo, abril 16, 2006

DEMO!!!

O Mahalab acaba de gravar sua primeira demo de quatro músicas no estúdio Quorum, dia 09.04.2006. Gravamos tudo ao vivo, o que explica algumas deficiências técnicas, mas é uma amostra bastante audível do que vai em nossas cabeças, gargantas e dedos.
Para fazer o seu download, apenas clique no link abaixo. Você será direcionado para um site de downloads. Escolha a opção FREE e então ele lhe dará o link para baixar numa próxima tela. Você terá apenas de esperar alguns segundos e ele lhe mostrará a opção de download. O site é em inglês.
Gostaríamos imensamente de opiniões a respeito do som. Por favor, deixe seu comentário aqui mesmo, neste post!
Obrigado!!! Enjoy!!!

http://rapidshare.de/files/18113637/Demo_09.04.2006.zip.html

sexta-feira, abril 14, 2006

Pequeno Release Que Virou Ensaio

O Mahalab foi criado despretensiosamente em 10 de setembro de 2005. Neste dia, Maurício Verderame convidou Pedro Moreno (que conhecera no dia anterior, numa sessão de improvisação livre) para que tocasse junto com sua banda (ele e Jamila Maia) numa apresentação em um sarau. Pedro tocou sem conhecer nenhuma das músicas; mas o entrosamento entre os três foi forte e imediato. Dali, o Mahalab continuou, e continua, ainda despretensioso - mas cheio de intenções. No Mahalab, os músicos buscam sempre trazer às notas a idéia de liberdade.

Mahalab é um trio em fluxo intenso. Maurício doa à banda sua inesgotável capacidade de renascer; Jamila doa sua profundidade infinita poética; e Pedro doa sua dança, sua habilidade de arquitetar a música ao momento. Em (outras) palavras, Maurício seria o substantivo, Jamila o adjetivo, Pedro o advérbio e Mahalab seria o verbo.




Jamila Maia
"No quesito formação, minha maior influência é Estevão Maya-Maya, meu pai. Ele foi quem me ensinou a cantar, e ele me fez atentar para as diversas funções que a música pode ter; o prazer estético, a cura, a transformação social. Além dele, admiro pessoas cujas vozes são inconfundíveis e de palavras tranformadoras, como Björk, Nana Caymmi, Seal, Des'ree, RadioHead e Milton Nascimento.
Dentro do Mahalab, minha função é trazer para o mundo das palavras o que todas as vozes já disseram, com a intenção e a intensidade que me pedem."



Maurício Verderame
"Eu gosto de som estranho, que me desafia. Sempre ouvi muita música, desde pequeno; aos 6 anos de idade ganhei um disco do Secos e Molhados que foi uma das maiores influências da minha vida. Eu gosto de artistas que diferenciaram seu trabalho; que encontraram a própria voz - e este é o papel que me vejo ter como músico: encontrar minha própria voz; por isso, nunca atentei para o papel tradicional do baixo.
O Mahalab é o som mais verdadeiro que já toquei, porque é onde posso me expressar sem medo."



Pedro Moreno
"Existem no mundo apenas dois tipos de pessoa, e eu sou do outro. O Mahalab tem sido, como nada antes que eu fiz, uma escola tremenda sobre como tocar bateria. Claro que o 'como' aí é o meu 'como': no Mahalab estou me descobrindo muito. Aqui eu estou aprendendo que toco dançando como a menina que existe dentro de uma mulher apaixonada pela vida; e que, para efetuar isso, preciso me abandonar, me despreocupar comigo mesmo. Mahalab me dá sempre chão para que eu não me subestime; mas eu felizmente sempre me surpreendo com o que a banda me permite fazer: o necessário."

terça-feira, abril 04, 2006

Finalmente.

À sua direita.

sábado, abril 01, 2006

Apaixonado!




Pouca gente sabe, mas estou apaixonado. Por um homem. Já conhecia o trabalho de Geraldo Vandré de pequeno, quando ouvia os fascículos da "História da MPB", um trabalho fantástico e imenso organizado pelo maestro Júlio Medaglia (ô sujeito lascado de bom, entende muito do riscado). Naquele EP ouvi a versão instrumental de "Fica Mal com Deus" do Quarteto Novo, ouvi "Aroeira", "Canção Nordestina", "Pequeno Concerto Que Virou Canção"... e fiquei com isso todos esses anos.
Quando estava no Kangoma, banda da qual saí em 2005, tinha feito um arranjo para "Aroeira" depois de ouvi-la um dia no rádio ao acordar. A música fazia parte do repertório da banda e por pouco não foi gravada em seu primeiro CD - inclusive tínhamos autorização do próprio Vandré.
Agora, baixei um monte de coisa dele na internet e apaixonei pelo trabalho do cara. Vandré tem um trabalho autêntico, em que nada, absolutamente nada, é gratuito. Tudo tem uma mensagem, todas as letras cutucam você de alguma maneira. E o melhor: o grande intérprete de seu trabalho é ele mesmo, com sua voz crua, forte, doce, inclusive improvisando vocalises muito legais em muitas das canções. Várias têm um arranjo bastante refinado, inclusive vocais, pois Vandré era acompanhado por um grupo, o Trio Marayá, que cantava muito bem. Outras têm arranjo minimalista, agreste, seco. Em "Ladainha", por exemplo, ele canta sobre o tom contínuo produzido por uma reza que não pára durante a música toda. Só ouvindo.
O compositor sumiu depois da década de 70, segundo uma reportagem que vi, por não querer se vender à bandalheira que virou a indústria musical brasileira. A história de lavagem cerebral é balela: ele nunca caiu nas mãos da ditadura. Há muito tempo vive e trabalha como advogado em São Paulo.
Fiquei muito inspirado por todo o conjunto de coisas que ouvi. Pensei até em ir atrás do homem, que é duríssimo de conversar, ver se ele não tem algo novo pra ser lançado. E cogito: será que um dia a gente podia fazer um "Mahalab Toca Vandré"? Qualidade ele tem. Fica lançada a pergunta e o desafio para um eventual segundo ou terceiro CD.
Abraços!